10 maio 2010

Vazio!!!


Um ano e precisamente 2 meses foi o tempo que durou minha ausência. Ausência justificada por sentir que não estava em condições de continuar a escrever. Ausência justificada pela necessidade de me encontrar, de colocar ordem nas minhas ideias e sentimentos...
Sentimentos esses que, hoje, foram muito abalados - de novo!!! Fui ferida, magoada, muito magoada ao constatar que alguém que julgava querer-me bem afinal nem sequer me conhece. Ferida ao concluir que durante muito tempo alimentei uma ilusão... é só mais uma!!! Pensei que era compreendida. Nada disso, nem sequer sabe quem sou, que quero, como vejo a vida... Pior, julgou-me, sem nada saber, sem nada compreender, sem me ouvir, sem sequer tentar entender.
Nesta vida, vou apanhando e levantando-me de novo. Vergo, dobro-me toda mas recuso-me a quebrar. Vou ao fundo do poço, afogo-me em tristeza e mágoa mas vou sobreviver... uma vez mais... Fico arrasada, completamente destroçada... mas hei de dar a volta por cima, uma vez mais...
O que me doi mais, neste momento, é saber que após mais este sofrimento vou repetir os mesmos erros, vou acreditar de novo, vou acreditar que acredito...
Mas, por agora, vou apenas e tão somente voltar a escrever, voltar a chorar, calada, escondida, para não preocupar aqueles que realmente gostam de mim e para quem sempre fui um porto seguro, uma âncora, um lar. É isso que me dá força, me faz aguentar, continuar, não me deixa naufragar... essa certeza de que para eles tudo vale a pena e o resto é apenas isso "o resto", nada mais.

09 março 2009

A vida sorri!


É isso mesmo meus amigos, a vida sorri! Entre altos e baixos, apanhando da vida, levantando-me de novo... Sózinha mas forte, feliz, em paz e cheia de esperança. Afinal, a vida SORRI!!! Murchei, apenas isso, não morri!E cá estou, de novo desabrochando, florindo, florindo, florindo...

04 março 2009

Serena............

Há muito não me sentia invadida por tamanha paz e tranquilidade. É como se amanhecesse depois de uma terrivel tempestade, grata por acordar de novo, grata por cá estar, forte para recomeçar, cheia de energia, esperança e essa enorme SERENIDADE!!!

24 fevereiro 2009

Samba, muita alegria e boa disposição!!!


Bom carnaval!!

A carta que a Inês não escreveu


Esta é a carta que a Inês rasgou! A carta que a inês meteu no caixote do lixo! Melhor, é a carta que ela nem sequer chegou a escrever. É a carta que ele não merecia, não merece, nunca vai receber.
Lembram-se dela? Da Inês. A romântica incorrigível que se deixou seduzir pelo namoradinho da juventude. Pois é...
Na altura, ela até decidiu que estava tudo acabado, mas entre decidir e cumprir... Enfim!
Acontece que ele não respeitou nem aceitou a decisão da Inês. Telefonava-lhe com frequência, insistia em que se vissem, que fossem tomar um café. Ela queria preservar, pelo menos, a amizade. Mas não dava. De cada vez que se encontravam, ele falava em coisas que a incomodavam muito. Ela não queria, não podia voltar a repetir os mesmos erros. Decidiu afastar-se. Mas, naquela manhã de Sábado, ele ligou, do móvel, ela atendeu..."Olha, abres a porta para mim?" Ela ficou muito irritada, tinha deixado claro que não o queria alí. Mas não podia deixá-lo na rua, não estava no feitio dela maltratar ninguém. Abriu a porta... Convidou-o a entrar, mostrando, no entanto, que não gostou da "surpresa". Foi para a cozinha preparar um café. Ele seguiu-a, agarrou-a, tentou beijá-la. Ela brigou, zangou-se... Mas ele não lhe deu ouvidos, carregou-a para o quarto. Ela sentiu-se profundamente ofendida, magoada, como podia ele querer algo que ela não queria mais...
Ele bem que tentou avançar... mas ela não o deixou. Acabaram discutindo e ela expulsou-o. Mandou-o sair da casa dela. Ao fazê-lo deu-se conta de que essa seria a única forma de o tirar também da vida dela.
Naquela manhã, pensou muito em tudo isso. Lamentou o facto de as coisas terem terminado assim e não de outra forma, mas olhou para o lado positivo - ACABOU!!!Passados muitos dias, pensou em escrever uma carta, sabia exactamente tudo o que iria escrever... mas desistiu da ideia. Ele não merecia isso. Não deu certo entre eles. O que ele pretendia era manter essa amante dócil, apaixonada, disponível... e ao mesmo tempo a "vidinha oficial". Ela sabia ter tomado a decisão certa e sentia um enorme alívio por ter conseguido sair do pesadelo. Lembrou-se, com um sorriso nos lábios, que quando uma porta se fecha, várias outras se abrem à nossa frente.

13 fevereiro 2009

Happy St. Valentine!

É já amanhã o Dia de São Valentim, o Dia dos Namorados. Como se para isso fosse preciso uma data!!! Acho que quem tem um namorado, companheiro ou marido deve celebrar essa felicidade e essa dádiva TODOS OS DIAS. Obviamente, partindo do princípio que o casal está bem e vive em harmonia.

Vou passar o dia sozinha mas em Paz, tranquila, serena...
Desejo a todos os casais um lindo dia e que seja apenas mais um entre tantos outros a celebrar diariamente.

11 fevereiro 2009

De volta!!!


Oiiiiiiiiiii, cá estou de novo, após uma longa pausa. Demasiado longa, sei, mas necessária. Precisei desse tempo para digerir algumas coisas, para reflectir, tomar decisões, dar-me um rumo.

Foi muita coisa ao mesmo tempo, desilusões, mágoas, algumas asneiras no meio disso tudo...mas, no final, há sempre algo de positivo - a lição que aprendemos, a força que ganhamos...

Passaram vários meses desde minha última postagem aqui. Entramos num Novo Ano. Foi uma boa ocasião para fazer um balanço. Melhor ainda, fiz uma retrospectiva, uma análise bem ponderada do momento actual e interroguei-me quanto as minhas perspectivas se deixasse tudo como estava. Não iria mudar nada e isso seria, no mínimo, péssimo!!! Então decidí - se não estou bem, se não quero continuar assim, vou ter que mudar as coisas, dar uma virada nisso tudo, virar a página que não gosto de ler...se tudo continuar assim, se calhar só virá-la não chega...será??? Então é melhor arrancá-la de uma vez...

Pois...sei que isto está confuso. Mas não interessa, é só um desabafo. Nos posts seguintes serei mais precisa, mais coerente, mais clara. Hoje a intenção é mesmo só VOLTAR.

14 novembro 2008

Iupieeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!! ....It´s Friday!!!


A semana foi bem longa ... mas chegou a Sexta-feira ... Finalmente!!! Vou descansar e recarregar as baterias...... Bem mereço!!!

25 outubro 2008

Que tristeza!!!

Há tanto tempo que não vinha cá!!! Abandonei esse meu cantinho secreto, meu cantinho onde podia chorar sossegada sem ninguém me chatear. Hoje, depois de tanto tempo, vim cá para o apagar. Sinto-me muito triste, invadida... Meu cantinho foi "descoberto". É claro que os blogues são públicos mas... Não vale a pena tentar explicar nada aqui, não vou conseguir escrever em condições, não consigo sequer pensar...

Para além da "invasão", ainda fui injustamente acusada. Acusada por coisas que não fiz. Acusada sem razão... Não tolero falsas acusações. Não sou santa, nem fingo sê-lo, mas sou decente! Sou honesta! Sou digna! Sim, sei, fiz disparates. Quem nunca os fez??? Mas nunca é tarde para corrigir os nossos erros. Esta injusta acusação doeu, doeu muito, demais. Não sou traidora!!! Só uma vez traí...e foi a mim mesma!

Vou parar. Não vou apagar o blog porque isso seria assumir que tenho algo a esconder - e não tenho. Outro dia, de cabeça fria, volto, volto para explicar, volto para escrever, volto com o Diário da Joana e as Cartas ao meu amigo Negão.

04 setembro 2008

Cartas ao meu amigo Negão (12) -



Bom dia fofo,

Hoje sinto-me particularmente bem disposta, acho que estou a voltar a ser “eu”. Tirando os últimos meses e, em anteriores ocasiões, uma ou outra “crise conjugal”, fui sempre uma pessoa muito alegre e de bem com a vida. Cheguei a pensar que ia transformar-me numa pessoa amargurada e triste, felizmente não é assim. E sem dúvidas nenhumas contribuíste para essa “recuperação”.

Passei os últimos dias tão preocupada com o meu filho e o aniversário dele mas afinal tudo está a correr bem. Ontem ele perguntou-me se podia ficar mais tempo na sala quando era hora de ir dormir. Deixei porque hoje é o último dia da semana (de aulas) e porque, em princípio, hoje os professores da escola dele iam fazer greve. Foi muito bom porque ficamos só os dois (os pequeninos tiveram mesmo que cumprir o horário) e ele abriu-se um bocadinho. Foi um grande alívio para mim. Hoje confirmou-se a greve e ele voltou para casa todo contente ainda antes de eu sair. Ligou logo a Playstation para estrear um jogo novo. Ele já fez um programa para hoje, espero ter o carro de volta até logo à tarde.

E como foi o teu final do dia? Espero que tenha sido bom porque mereces.

Uma beijoca e bom trabalho.
Baby

27 agosto 2008

Amantes

Imagem tirada da internet












Não há lugar seguro
Para quem ama em segredo,
Sempre há sombras à volta,
Sempre sobra o medo.

Mas, o amor dos amantes
É delicioso demais...
Não trocaria esses instantes,
Por nada no mundo, jamais!

Amante, palavra linda!
Resume um amor secreto,
Traz à baila uma paixão bem-vinda,
Deixa o corpo e o coração repleto!

(Desconheço a autoria)

11 julho 2008

Frozen...........


Uma imagem diz mais que mil palavras...

27 junho 2008

Still think about You "Cherry..."



"It takes a minute to find a special person,
an hour to appreciate them,
a day to love them
but an entire lifetime to forget them"

(desconheço a autoria)

(Imagem tirada da internet)

26 junho 2008

Digam "NAÕ !!!" às Drogas


Hoje, 26 de Junho, celebra-se o Dia Mundial de Luta contra o Uso Abusivo e Tráfico Ilícito de Drogas, este ano sob o lema "As Drogas Controlam a sua vida? Na sua vida, na sua comunidade não dê espaço às drogas".

Se reside na ilha de Santiago, porque não participar no atelier sobre o tema Produção e Cultivo de Drogas em Cabo Verde, organizado pela Comissão de Coordenação do Combate a Droga (CCCD) no âmbito das actividades alusivas à efeméride. Pretende-se com este atelier obter uma análise sobre a situação em termos da produção e cultivo de drogas em Cabo Verde, visando melhores práticas nessa matéria. O Atelier terá lugar nas instalações da Comunidade Terapêutica da Granja de São Filipe, a partir das 09H00.

Jovens e menos jovens, não se deixem iludir, digam NÃO! NÃO ao tráfico, NÃO ao consumo, NÃO à dependência e NÃO à destruição que a droga causaria nas vossas vidas e nas vidas dos que vos são próximos e queridos.

Vamos todos juntar-nos em torno desta causa, vamos contribuir para acabar com este flagelo que continua a dizimar a juventude (e não só) em Cabo Verde, na África e no Mundo inteiro. Digam NÃO às drogas!!!

24 junho 2008

Que horror... é um sapo!!!


Abro minhas asas e vou à procura da felicidade. Encontro a flor perfeita, cheirosa, bonita e de néctar delicioso. Bebo e embebedo-me desse suco que me faz viva novamente. Olho à minha volta feliz...

Devo estar a sonhar. Estou mesmo. Acordo com um horrivel "cruarc" nos meus ouvidos. Abro os olhos... que horror... É um sapo!!!



(imagens tiradas da internet)

23 junho 2008

Cartas ao meu amigo Negão (11) - Cumplicidade...



Oi Negão,

Vou tentar responder à tua pergunta. Não respondi ontem porque é uma resposta muuuuuuito difícil.

Não percebo muito bem o que se está a passar comigo. Acho que o melhor a fazer é deixar o tempo andar e ver o que acontece. Estou a sair de uma relação muito intensa (e bastante complicada na parte final). Não tenho dúvidas nenhumas de ter tomado a decisão certa mas não vou enganar-me dizendo que já consegui “apagar” meus sentimentos. Preciso de algum tempo para digerir isso tudo.

Não quero fazer disparates e nem magoar ninguém. Honestamente falando, não sei como vai ser a partir de agora. Não sou esquisita (acho) mas também não me imagino a “estar junto assim desse jeito” de forma precipitada. Para mim, isso implica sentimentos muito profundos e sinceros. Podes achar que é um pouco “careta” mas não consigo imaginar relacionamentos afectivos e íntimos sem amor.

"X", sinto-me muito bem com a nossa troca de e-mails e telefonemas e tenho muita vontade de te ver e de conversarmos ao vivo e a cores. Quero estar contigo e conhecer-te melhor. Gosto muito de ti. Com o tempo, e já lá vai quase um ano, fomos ficando mais próximos um do outro. Já te disse isso antes e é verdade – sinto-me muito à vontade contigo. Sabes ouvir, sabes “levantar a moral”, estás sempre pronto para oferecer um ombro amigo. Admiro isso num homem e (sem ofensa) principalmente num homem cabo-verdiano. Os crioulos, no geral, têm imensas características positivas mas têm também um grande defeito – pensam que ser meigo e sentimental são características de “maricas”. Eu não penso assim, antes pelo contrário.

Gosto de pensar que és uma excepção à regra… Sinto que há entre nós uma cumplicidade muito forte e bonita. E espero que isto possa continuar e crescer. Neste momento não quero perceber, nem ter que explicar, porque não estou em condições de o fazer. Sinto-me bem contigo, penso muito em ti e tento não complicar nada. Neste momento, só isso interessa.

Espero não te chatear com esses e-mails tão longos. Tenho um defeito muito grande – não me abro com quase ninguém mas quando o faço ponho tudo para fora. Ás vezes se calhar devia guardar um pouco mais as coisas que penso / sinto.

Muitos beijinhos para ti da “Baby” (gosto muito da forma como dizes essa palavra com a tua voz sexy)

20 junho 2008

Loved me... loved me not...


Passado todo este tempo, ainda acordo a meio da noite com essa pergunta a martelar-me na cabeça - Será que ele realmente me amou???

Por vezes, acredito que sim. Descobrí (on-line e sem que ele o soubesse) poemas que ele escreveu depois de nos termos separado. Poemas lindos e profundos... Poemas sobre o nosso amor, poemas cândidos, frescos e envolventes como a brisa do mar, poemas tristes também que retratam o enorme vazio e o silêncio cortante que terá invadido a alma dele... Será??

Outras vezes, penso que não. Quem ama de verdade vai à luta. Não há nada suficientemente "grande" nem "complicado" que nos faça abrir mão do verdadeiro amor.

Enquanto alimento essa dúvida, consolo-me com uma certeza absoluta - EU AMEI !!! Sim, amei como penso só se amar uma vez na vida ... amei intensamente, com toda a minha alma, meu corpo também. AMEI... mesmo sabendo que um Oceano nos separaria, amei sem "mas" nem "senão". Ficou essa enorme (mas doce) saudade...

19 junho 2008

Cartas ao meu amigo Negão (10) - Um rio ou um oceano ...

Oi “Negão”,

Triste por causa de uma hipótese??? Então não és tu que “vives” sem procurar demasiadas explicações etc… Sempre soubeste que minha estadia cá era passageira. Na realidade nem sequer mudaria muita coisa. Quando isso acontecer, estaremos, como agora, um em cada lado da ligação Internet ou telemóvel. Só que, ao invés de um rio, separados por um oceano.
Quando passar essa fase complicada do lançamento diz-me e marcamos um almoço em qualquer uma das margens. Nessa altura, organizo-me para não voltar à tarde para o serviço e vou com a única preocupação de estar de volta até, no máximo as 19:00, por causa da escola dos meus filhos. Assim, pelo menos conversamos um bocado ao vivo e a cores.
Beijão, também te adoro.

Baby

17 junho 2008

Pedido de desculpas...


Este pedido de desculpas é para a minha querida amiga Joana (nome fictício). Ela cedeu-me gentilmente o Diário que escreveu durante uma fase menos boa da vida dela para que aqui o publicasse. Comecei a fazê-lo (Diário da Joana) mas há já um bom tempo não postei nenhum "episódio". Sorry Joana! Ela sabe que tenho estado bastante ocupada com um mar de coisas mas isso não é desculpa. Prometo retomar a postagem muito brevemente. Ainda hoje vou teclar umas páginas...

Cartas ao meu amigo Negão (9) - Música ...





Oi Negão,

Foi muito bom “almoçar-te” (rsrsrs).
Queria que soubesses que exerces uma influência muito positiva sobre mim. Ontem quando sai do trabalho, depois de ter falado contigo, fiquei bem melhor. Meti um bom som no carro e ouvi “Spanish Guitar” da Toni Braxton, 3 vezes. Conheces a música? Gostas? É linda. Dá-me arrepios.

Sabes, quando estou a ouvir música que gosto (e se estou no carro sozinha ponho bem alto – volume 20 ou +) sinto como se a música entrasse nas minhas veias. Sinto-me ser levada pela melodia, pelas palavras e desligo-me completamente de tudo (menos do trânsito claro!). Não há nada melhor do que começar o dia assim. Ao invés de me enervar porque a bicha não anda, ou um mal-humorado qualquer está a buzinar, deixo-me levar pela música…é uma sensação muito boa. Canto alto e tudo. Alguns condutores se calhar até pensam que sou maluca; mas não me importo, não os conheço nem lhes devo nada!

Voltando ao assunto, “Spanish Guitar” é uma canção particularmente linda (gosto só por gostar, não a associo a nenhum momento ou nenhuma pessoa em particular).

O refrão é:
“(…) I wish that I was in your arms like a spanish guitar / and you would play me through the night till the dawn / I wish you hold me in your arms like a Spanish guitar / all night long / all night long / I’ll be your song (…)”

(Quem me dera estar nos teus braços como uma guitarra espanhola / e tocares-me a noite toda até ao amanhecer / quem me dera que me abraçasses como uma guitarra espanhola / a noite toda / a noite toda / serei tua canção).

Não é lindo? E tu gostas de música? Uma pergunta se calhar despropositada – qual é o crioulo que não gosta?

Desejo-te um resto do dia maravilhoso.
Beijinhos.

Baby

13 junho 2008

Dia de azar???


Na na ni ra não ...!!! Não acredito nessas superstições. Até sinto que algo de muito bom me vai acontecer hoje... quanto mais não seja por ser sexta-feira - lol!

05 junho 2008

O amor perdido da Ines


Inês olhou-se ao espelho, alguns cabelinhos grisalhos... não se importava, até lhe davam um certo charme... A cabeleira continuava farta, tinha os cabelos meio longos, bastante encaracolados, castanhos com reflexos acobreados resultado, por um lado, da coloração feita há já alguns meses e, por outro, das idas frequentes à praia. Sempre gostara de ir à praia, desde criança era louca pelo mar. Nutria por ele uma atracção profunda, magnética, por vezes, até parecia sentir o chamamento do mar. Só ele a compreendia, a ouvia sem ela ter que falar, sentia seus sentimentos, percebia suas razões... Chega de divagar!

Abriu a gaveta e tirou um gancho com o qual prendeu os cabelos entretanto enrolados. Voltou para a sala silenciosa, instalou-se confortavelmente no seu sofá preferido e pegou no livro que tinha deslizado para baixo de uma das almofadas. Começou a ler, ou melhor, tentou... Não se conseguia concentrar. Ele não lhe saia do pensamento.

Reencontraram-se há meio ano, 22 anos depois de terem sido namorados. Seu 1º namorado... tinha então 17 anos... o 1º beijo, os caracóis dele, as mãos... Lembrava-se de tudo ao mais pequeno detalhe... Como era doce aquele namoro inocente. Não foram para além dos beijos, abraços e umas apalpadelas.

Lembrou-se daquele dia em que foram para um beco bem calminho, atrás da igreja. Beijaram-se... adorava os lábios carnudos dele. Ele estava meio ofegante, fez deslizar suas mãos para debaixo da blusa dela, ao encontro dos seios firmes... Ela estremeceu, nunca tinha sido tocada antes, as mãos dele despertaram nela sensações maravilhosas...Uma das mãos deslizou para o umbigo, um pouco mais abaixo… todo o corpo dela tremia, tudo isso era novo ... Desejavam-se... Até hoje não sabe bem como se contiveram mas pararam ali e não aconteceu mais nada. O medo de serem surpreendidos, o sonho de um momento mágico num local romantico e privado, e (só o soube passados todos estes anos) o medo que ele tinha do pai dela teriam sido as razões que os impediram de ir mais longe. Pouco tempo depois acabaram o namoro e cada um seguiu seu caminho, em direcções opostas.

Passados todos estes anos, reencontraram-se e rapidamente a amizade que os unia transformou-se em algo mais. Ela estava divorciada, também ele, mas tinha uma namorada, vivia com ela. Inês tinha recebido uma educação, em parte, conservadora. Havia valores incontornáveis, nunca se envolveria com um homem comprometido... Mas a verdade é que a atracção entre eles era demasiado forte, perdeu o controlo da situação. Havia entre eles uma química muito forte, um misto de saudades do passado perdido no tempo e vontade de o retomar no presente. Tornaram-se amantes. Ela amava-o, amava-o de uma forma que não conseguia explicar. Mas, explicar para quê? O amor não precisava de explicações. No entanto, tinha remorsos, sentia-se culpada por ter um relacionamento com alguém que estava comprometido com outra pessoa. Pensou que ele a amava também. Embora nunca lhe tivesse prometido nada e nem lhe tenha escondido o facto de ter uma namorada, sentia-se traído por ele. No fundo, alimentou uma esperança de que ele ficasse com ela,... só com ela! Mas enganou-se. Mesmo tentando não ver, fingindo não se aperceber, foi obrigada a reconhecer que as coisas não estavam bem, aliás, estavam muito mal. Sentiu-se usada, enganada, desrespeitada também. Ele mais não queria do que manter a namorada e a amante. Sim! Amante! Era nisso que ela se tinha transformado. Uma espécie de brinquedo para as horas vagas e que era atirado para um canto quando outros deveres se impunham. Que situação horrível! O pior é que ainda assim, durante algum tempo, sujeitou-se a fazer essa triste figura. Amava-o e agarrava em qualquer oportunidade para estar perto dele, ainda que apenas por alguns minutos. Mas não podia ser! Tinha que colocar sua vida nos trilhos de novo. Por que razão alimentaria uma relação clandestina e que destruiria seu bom nome e reputação se se soubesse. Pensou no desgosto que seus pais teriam; a vergonha dos filhos... e isso deu-lhe força para decidir. Acabou! Não iria mais continuar nessa relação condenada. O amor que sentia, a química entre eles, nada justificava continuar nessa relação injusta e desgastante. Doía-lhe imenso.

Durante o fim-de-semana os filhos tinham estado fora. Dormiram em casa do pai na Sexta e Sábado foram para casa dos tios para o aniversário da prima. Dormiram lá e só voltaram Domingo à noite. Ele soube disso e quis ir à casa dela. Mas ela resistiu! Como queria recebê-lo, estar com ele... Mas não podia fazê-lo. Mais uma vez, ele a usaria para depois partir rumo ao lar e à namorada com quem dormiria à noite. Recusou. Seus olhos ficaram cheios de lágrimas mas conteve-se. Não choraria mais por esse amor de adolescência. Ia cuidar de si. Ia dar um novo rumo à sua vida. Foi com esse pensamento que acabou por adormecer no sofá. Horas mais tarde acordou com o pescoço dorido mas um sentimento de alívio. Tudo acabaria bem! Não lhe faltariam forças para tomar em mãos seu destino e dar-lhe outro rumo. Levantou-se e foi para o quarto dormir.

29 maio 2008

Cartas ao meu amigo Negão (8) - Abençoada...


“X”,

Acabo de te enviar transcrição do e-mail que enviei porque não queria que tivesses que esperar, até amanhã, para ler minha resposta. Até fiquei com dores nos dedos de tanto teclar num teclado tão pequenino (do tlm). Afinal, ainda recebeste porque está cá tua resposta.

Mais do que simpatia…??? Tenho medo de admitir isso. Será possível??? Afinal nos conhecemos tão pouco. E ao mesmo tempo somos até bastante íntimos. Há coisas que consigo partilhar contigo sem dificuldade nenhuma e que não partilho sequer com a minha irmã (com quem sou muito chegada) ou alguma amiga mais chegada. Amigos de “oi”, “tud dred” tenho muitos, mas amigos verdadeiros, daqueles que não exigem explicações, que nunca nos reprovam e por quem também fazemos tudo (sem questionar se está certo ou não) tenho poucos. Acho que os posso contar numa só mão.

Da forma como a minha vida está, acho que é melhor também não procurar grandes explicações. É melhor viver um dia de cada vez, atacar um problema de cada vez e tentar ser feliz, sem prejudicar ninguém. Acho que não me posso queixar porque apesar dos “probleminhas” considero ser uma pessoa abençoada pela vida. Às vezes, quando fico triste, tento pensar nas pessoas que são realmente infelizes… Penso nos pais com filhos doentes ou, pior ainda, que são obrigados a se despedirem deles definitivamente… Penso nas pessoas que são sozinhas no Mundo… É melhor ficar por aqui ou fico ainda pior do que já estou. A vida não para e tenho tentado agir de acordo com esse pensamento. Vou conseguindo mas, de quando em vez, dá-me aquela tristeza…

É bom ter-te como amigo, é pena não ter teu ombro por perto porque hoje bem precisava dele.

Um beijo.
“Y”

14 maio 2008

Cartas ao meu amigo Negão (7) - Um dia down


(Em resposta a um e-mail recebido logo de manhã)

Querido "X",

O meu dia também está complicado. Tive a manhã toda em reuniões na sala do chefe (sem telemóvel).
Quando voltei para a minha sala vi tua chamada não atendida mas não tinha condições para te ligar.
Desde ontem, estou um bocado “down” e triste. Há momentos em que tenho medo de não conseguir dar conta do recado.
É uma responsabilidade muito grande ter filhos para amar, educar, criar… Tento estar sempre bem disposta e alegre na frente deles mas isso, por vezes, exige um esforço grande da minha parte.
O mais velho faz anos na Sexta-feira e sinto que ele está muito tristinho. Ele é o que se ressente mais disto tudo e, para complicar as coisas ainda mais, é também o que se abre menos.
Ontem, quando já estavam todos a dormir fui abaixo, completamente, chorei, chorei, chorei… Ainda pensei em ligar para conversar um pouco contigo mas desisti. Depois adormeci mas dormi muito mal. E hoje não estou nada bem. Nem sequer me consigo concentrar no meu trabalho.
Estou a pensar seriamente em tirar um dia de “folga” amanhã. Tenho que levar meu carro à oficina porque deve estar com um problema qualquer (apareceu um sinal luminoso no painel e sinto-o esquisito na entrada das mudanças). Acho que depois disso vou tentar descansar um pouco enquanto eles estão na escola. Ando muito “stressada” e sinto que preciso distrair-me, quanto mais não seja indo ao cinema ver um bom filme. Pena estares tão longe e tão ocupado …
Beijos e bom trabalho.

Tua amiga “Y”

13 maio 2008

Um crime hediondo na semana do Dia da Mãe

Na semana passada, enquanto todos falavam do Dia da Mãe, ocorreu na cidade da Praia, um crime horrível – o assassinato de uma bebé recém-nascida. (Mais) um crime que chocou a capital. Chocou-nos a todos, chocou-me a mim.
Eu sou mãe e o sentimento que tenho pelos meus filhos é algo simplesmente singular, único, divino, intocável, inesgotável. Como é possível acontecer um crime dessa natureza??? Embora não esteja na posse de informações para além das veiculadas no noticiário das 20 horas daquele fatídico dia, só há duas hipóteses: o crime foi perpetrado por alguém muito próximo da mãe (com ou sem conhecimento/consentimento desta) ou a própria (custa-me tanto acreditar que isto seja sequer possível!!!). Sublinho que a bebé foi encontrada num saco com o cordão umbilical e a placenta; tinha acabado de nascer quando foi barbaramente assassinada.
No primeiro caso, e partindo do princípio que fora sem o conhecimento/consentimento da mãe questiono-me como pode ser possível alguém – para além da barbaridade cometida com a bebé – causar tanto sofrimento a uma mãe. Perder um filho já deve ser uma dor insuportável, perdê-lo assim… Se ela consentiu ou, na pior das hipóteses, se foi autora ou co-autora do crime o horror é, na medida do possível ainda maior.
Que morte horrível para esse pequenino ser que, após 9 meses de vida num ambiente aconchegante, sofre o trauma do parto e, de seguida, é enforcado com fios de electricidade!!!! Como pode um ser humano cometer tanta violência e maldade com um anjinho??? Que mundo é esse em que um (ou mais) adulto(s) não só tira a vida a um ser indefeso como ainda lhe retira qualquer dignidade atirando o corpinho para dentro de um caixote de lixo??? Só de pensar nisso fico toda arrepiada, apetece-me chorar, apetece-me gritar também, de revolta, de indignação, de dor por este anjinho que nunca poderá dizer: “Feliz dia da Mãe”.
(Imagem tirada da internet)

28 abril 2008

Cartas ao meu amigo Negão (6) - Um FDS de cão...


Oi “X”

O meu FDS foi um bocado cansativo porque tive uma Sexta-feira de cão (não dá para utilizar o feminino da palavra).
Depois de ter deixado os meninos na escola, vim trabalhar (bem cedo) e sai ao meio-dia para assistir uma Conferência, na Fundação etc e tal. Foi uma conferência muito boa e também apreciei a intervenção do ilustre “ZZZ” que assumiu, de forma descomplexada, os erros cometidos por Portugal na colonização e descolonização dos PALOP.
Voltei para o trabalho onde tive um momento muito agradável – a nossa conversa!
Depois das reuniões maçudas, fui disparada buscar os meninos e levei-os para casa. Tomei um banho a correr e preparei-me para a recepção oficial de que te falei Os miúdos ficaram com meu (quase-ex) enteado que é um amor de rapaz e com quem me dou muito bem.
Depois da recepção, mais um frete – o tal jantar…– aí levei os meninos porque iam estar mais crianças presentes. O jantar até que foi agradável mas eu estava completamente KO. Felizmente nem todos os dias são assim!!! Com excepção do nosso telefonema foi um dia para esquecer.
Sábado e Domingo não fiz nada de especial. Compras, as lidas da casa, etc. Levei os meninos ao parque com os skates para gastarem um bocado de energia mas o tempo não estava muito agradável. E retomei um hábito “antigo”- ler um bocado antes de dormir. Gosto muito de ler mas não tenho muito tempo para isso. Agora decidi passar a ler novamente, sempre é mais útil e agradável do que ficar deitada a pensar em sabe-se lá o quê.
Durante o FDS tive muitas saudades dos nossos e-mails. Acho que ganhei um novo vício…
E o teu FDS como foi? Já sei que não gostas de falar de ti mas se quiseres partilhar comigo…
Um beijo.
“Y”

21 abril 2008

Cartas ao meu amigo Negão (5) - Não sou sempre "certinha"


Bom dia "X"
Nem sabes como concordo contigo quando dizes que é bom sermos tontinhos de vez em quando e melhor ainda não sermos tão certinhos.
Nos últimos meses aprendi a não ser sempre "certinha" e a "não fazer escândalo". É claro que não fiz nenhuma "peixeirada" mas assumí, abertamente, o meu desagrado ao invés de fingir "não ver" ou "não saber"para não ficar mal.
Da primeira vez, foi em casa de amigos. Éramos convidados numa festinha de anos e uma "senhora" muito certinha e religiosa (vai à missa todos os dias às sete da manhã), que eu sabia (não desconfiava mas sabia mesmo!) ser mais do que "só amiga", dirigiu-se para mim para me cumprimentar com dois beijinhos. Não hesitei, desviei a cara e ela beijou o ar. Imagina a cena, numa sala cheia de gente conhecida. Ela nem sabia onde se havia de esconder porque percebeu que eu sabia de tudo e ele ficou pior que estragado. Não me senti particularmente feliz mas gostei de ter tido coragem de o fazer.
Mais recentemente, telefonei para outra "amiga" e disse-lhe com todas as letras o que pensava sobre ela. É uma pessoa que ajudei quando precisava. Passou sérias dificuldades e consegui que fosse seleccionada para trabalhar na minha empresa (tinha perfil para a vaga existente). Trabalhou uns meses comigo como estagiária e posteriormente, após parecer favorável dado por mim, foi contratada. Agradeceu-me de forma muito original ... acho que consegues imaginar o resto.
É claro que quando ajudo alguém não pretendo nada em troca. E também é óbvio que quando surgem "casos" a culpa não é só de um(a). E eu sempre defendi (e defendo ainda) que quando há problemas entre um casal eles devem ser falados, discutidos, resolvidos apenas entre os dois. Nenhuma das partes se deve dirigir ao "terceiro". No entanto, nesse caso concreto, essa "terceira" pessoa não era uma estranha. Senti-me duplamente traída - e isso dói muito! Não me orgulho da atitude que tive mas também não me arrependo e mais, confesso que me senti muito aliviada depois de lhe ter dito o que pensava sobre ela.
"X" não gostaria que interpretasses esse desabafo como uma "queixa" que estou a fazer do teu amigo. Aliás, se há uma pessoa de quem nunca falarei mal é certamente ele. Houve coisas muito graves e muito feias que se passaram entre nós mas que não dizem respeito a mais ninguém. E em momento nenhum vou negar que ele foi a pessoa mais importante da minha vida (com excepção dos meus fofinhos claro). Aliás, de certa forma continua sendo porque é o pai dos meus filhotes. No que depender de mim ele vai participar o máximo possível em tudo o que diz respeito aos meninos. Eles adoram o pai e quero que isto continue assim. Estou a tentar transformar o que ainda sinto por ele em apenas amizade. Oficialmente já o fiz e digo que consegui, mas bem no fundo não é verdade. É apenas mais fácil adoptar essa postura. E é bom poder confessar-te esse meu "segredinho". Desabafar e partilhar os nossos pensamentos (ainda que de forma um pouco baralhada) é tão bom e só nos faz bem.
Obrigado por existires e poder compartilhar contigo esses momentos um pouco complicados da minha vida.
Um beijo.
"Y"

14 fevereiro 2008

Happy St. Valentine!


Bom dia kidos migos e kidas migas. Mais um Dia de São Valentim!
Nessa data em que se celebra o "Dia dos Namorados", quero apenas desejar a todos que sejam felizes. Felizes ao lado do(a) namorado(a), companheiro(a), esposo(a), enfim... ao lado do ser amado. Para aqueles que passam o dia "solteiros(as)" que tal um pouco de pensamento positivo e, porque não, recordar paixões levadas pelo vento...Sim, porque há sempre boas recordações e também elas devem alegrar o nosso viver!

29 janeiro 2008

Não fugí...!!!

Olá a todos (se é que ainda estão por aqui) e Bom Ano - embora talvez seja já um pouco tarde para isso.
Andei mesmo "ausente". Primeiro, foi a correria habitual por causa do Natal e da passagem de ano. Depois, dei-me algum tempo para fazer uma "arrumada de ideias". Ano Novo, vida nova, decisões, novos planos... Quem já não passou por isso?
E por último, voltei a dedicar-me, com mais entusiasmo que nunca, a algo que desde pequenina adoro fazer - trabalhos manuais. Para além de normalmente conseguir resultados giros é muito relaxante entreter-me com linhas, tecidos e agulhas enquanto meus filhotes brincam pertinho de mim.
As fotos são para satisfazer a vossa curiosidade e também um pouco por querer mostrar as "coisinhas fofas" que tenho feito.
Espero que gostem!

18 dezembro 2007

Viagem no tempo (Praça Nova na Soncent)


Na semana passada aconteceu-me uma coisa engraçada. Recebi um sms que dizia assim “Oi …, bo ta lembrá d’mi? M’ mandá um msg pa bo Outlook. Um bijim. …”(1)
Claro que me lembrava… Viajei no tempo, voltei ao liceu, à minha adolescência. Tinha então menos que metade da idade que tenho agora. Ele fora o meu primeiro namoradinho (sorriso). Não durou muito tempo, depois cada um seguiu seu caminho, sua vida… Não passou de uns beijinhos inocentes, uns abraços meio desajeitados, a troca de alguns bilhetes, umas horitas na praça, a Praça Nova, lá em Soncent, onde íamos todos passear. Ai que saudades tenho daquela Praça, da minha adolescência, …
Como tinha-me encontrado? Soube onde eu estava, através de um antigo colega do liceu, durante uma viagem recente à Itália. Depois do regresso, num meio tão pequenino como o nosso, onde quase todo o mundo se conhece, não lhe foi difícil conseguir os meus contactos.
Respondi ao sms. Ligou-me, conversamos, um pouco sobre tudo, sobre nada em especial. Um desses dias, vamos tomar um cafezito. Vamos conversar certamente sobre aquele tempo esquecido, sobre a nossa adolescência, sobre a Praça Nova...
Aquela mesma Praça Nova onde, em criança, tantas vezes fiz a roda com outras menininhas da minha idade. Íamos todas arrumadinhas, vestidinho de saia rodada, sapatinhos pretos ou brancos (como os sapatos das bonecas de porcelana), meias de renda branca até os joelhos, tranças ou caracóis com fitas de cetim. Esperávamos ansiosas que a banda municipal (instalada no quiosque da praça) começasse a tocar e então, todas de mãos dadas, fazíamos uma enorme roda a dançar. E a praça, aquela praça, “a” praça, transformava-se num recanto mágico cheio de música, alegria e cores… Cheiros também, a pipocas acabadas de fazer e mancarra torrada (2) … Que saudades!!!

(1) “Oi …, lembras-te de mim? Mandei uma mensagem para o teu Outlook. Um beijo. …”
(2) Amendoim torrado

14 dezembro 2007

Essa sou eu




Essa sou eu. Sim, essa que está na foto! E hoje acordei assim, como na foto, pensativa, contemplativa, meio triste, um pouco abatida.
Há quase três semanas não venho cá ao meu cantinho por falta de tempo, por falta de palavras também. Há alturas assim. Parece que as palavras nos fogem e não conseguimos articular nada de jeito. Quando assim é não adianta insistir. Não insisti.
Mas hoje deu-me para voltar, ainda que com poucas palavras, sem nada de especial.
Andei por aí às voltas. De dia, entre o trabalho, os filhos, a casa, compras e compromissos sociais. De noite, na minha cama enorme, sem conseguir pregar olho. Às voltas entre a minha faceta feliz de mãe, meu lado de guerreira do dia-a-dia e o meu outro eu – um misto de menina travessa e mulher fatal, indomada, doce e selvagem. Xiiiiii, como essa última parte da frase soa mal!!! Decididamente, continua a não sair nada em condições.
Antes de continuar a escrever aqui, mesmo sendo este espaço meu e poder dar-me ao luxo de desbobinar aqui todos os disparates que me vêem à mente, tenho que me encontrar primeiro. Ando à deriva, perdida, algures no meio de um enorme vazio. Sei donde parti, sei muito bem onde quero chegar, só não descobri ainda como. Perdi a bússola. Logo à noite, vou seguir o conselho de um amigo muito querido, vou procurar Vénus, ela saberá como me orientar. Só espero não ser uma noite demasiado nebulada. Sim, porque com a onda negativa que me vem perseguindo de há uns tempos para cá, é quase que certo até as estrelas (e o planeta Vénus) se esconderem de mim.

29 novembro 2007

Cabo Verde subiu quatro lugares no ranking do IDH


“Cabo Verde subiu quatro lugares no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2007/2008, ficando na 102ª posição entre 177 países”.
Essa noticia provoca em mim, e penso que em qualquer cabo-verdiano(a), um sentimento de satisfação (comedida) e, em certa medida, até orgulho. Em matéria do IDH, o índice passou de 0.709 em 2002 para 0.736 em 2007. Cabo Verde ocupa agora o 4º lugar no continente Africano e o 3º nos Países Africanos Sub-saharianos e, de entre os 84 países de Desenvolvimento Humano Médio, o nosso arquipélago ocupa o 31º lugar.
Apesar do progresso registado, muito esta ainda por fazer (ou melhorar) quer na área economica, quer na social. Nessa ultima, destacamos em particular a saúde, a educação (sem duvida a nossa maior riqueza), a segurança social, e a luta contra a pobreza. Vamos assim, todos, arregaçar as mangas e dar o nosso modesto contributo ao desenvolvimento do nosso querido pais.

Cartas ao meu amigo Negão (4) - Cumplicidade


Bom dia “X”,
Como estás? Melhor? Espero bem que sim.
É interessante como nos tornamos tão amigos sem nos conhecermos realmente.
Apenas nos vimos e falamos breves instantes durante aquela inauguração, no entanto, simpatizei contigo e fico contente ao perceber que essa simpatia foi recíproca. Foi tão bonito que até me senti à vontade em desabafar um pouco contigo.
Normalmente, sou bastante reservada e muito discreta em relação à minha vida pessoal. Ainda não percebi muito bem como comecei a abrir-me contigo.
Lembro-me que um dia estava bastante em baixo e enviaste-me uma foto muito bonita com duas rosas amarelas. Respondi a agradecer e disse-te que essas flores tinham alegrado meu dia, desde então… Praticamente todos os dias recebi e-mails teus perguntando como estava etc… E mesmo sem te contar nada, foste percebendo, aos poucos, que havia um problema realmente sério e grave. Por fim, um dia contei o que se estava a passar e a tua atenção foi ainda maior.
É interessante como já conto com os teus e-mails e vejo que também contas com os meus. Criamos uma amizade muito bonita e uma certa cumplicidade. É bom saber que estás do outro lado do PC ou da linha telefónica. É pena não ter um pouco mais de privacidade aqui no trabalho para falarmos um pouco mais. O prédio é muito antigo (e bonito) e as paredes parecem folhas de papel. Ninguém pode ter conversas discretas ou “secretas”.
Vou entrar numa reunião agora mas ela deve ser breve.
Um beijão para ti da tua amiga.

“Y”

28 novembro 2007

Ai ai vizinho


Ele estava deitado de costas apreciando o som que irradiava do rádio-despertador, bem cansado depois de um típico dia de cão no trabalho. Ainda por cima, era Segunda-feira. Olhou para o relógio, passava da meia-noite. Lá fora brilhava a Lua, linda, cheia, prontinha a dar a luz a mil estrelas, mas ele não conseguia ver nada daquilo da cama, apenas apercebia-se dos raios prateados por entre os cortinados.
Lembrou-se, meio irritado, da discussão que tivera com um colega por causa de uma banalidade qualquer. Decidiu deixar esse pensamento de lado e dormir uma noite descansada. Virou-se de lado. Veio-lhe a memoria a boca carnuda da Valquíria… Ela deixara nele marcas mais profundas do que estava disposto admitir. Ah, Valquíria… suspirou. Desligou o rádio e fechou os olhos. Aninhou-se no travesseiro e ficou assim quieto por uns minutos.
De repente, uma espécie de chiar. Outro e mais outro se seguiram. Era acompanhado de um batimento enervante. Não! Outra vez não! Logo agora que ia dormir. Que raiva lhe fazia o vizinho de cima. Rapaz jovem, bem sucedido com as mulheres, solteiro mas nunca só. Meu Deus, pensou. Não aguento isso, é demais! Já não basta estar aqui sozinho, abandonado pela Valquíria. O barulho continuou, a cama a chiar, gemidos mal abafados… Era demais.
Levantou-se, pegou no livro e foi para a sala. Acendeu o candeeiro, instalou-se confortavelmente no sofá. Começou a ler: “(…) No entanto, tinha-se sentado na sua cozinha, a meio da noite, com o cérebro cheio de homicídio; homicídio concreto, não do tipo metafórico. Ate levara uma faca de trinchar para o andar de cima e ficara, durante um minuto terrível, surdo, a olhar para o corpo da mulher adormecida. Depois afastara-se, dormira no quarto de hóspedes, na manha seguinte, fizera as malas e apanhara o primeiro avião para Nova Iorque, sem dar qualquer razão. O que acontecera estava para lá da razão. Precisava de por um oceano, pelo menos um oceano, entre ele e o que quase fizera”.(1)
Fechou os olhos. Como entendia o personagem… Que disparate! Deixou-se estar ali e adormeceu. Horas depois acordou com dores no pescoço. Levantou-se e foi para o quarto. Silêncio total. Agora sim, podia dormir.

(1) in: Fúria – Salman Rushdie

27 novembro 2007

Tão amorosos ........ Hahahahaha!

Cartas ao meu amigo Negao (3) - "Probleminhas"

Oi Meu Negão,
Não te preocupes, está tudo bem. Alguns “probleminhas” mas nada que não possa ser resolvido. Aliás, está a ser resolvido.
Passei por momentos menos bons e não posso dizer que tudo está às mil maravilhas mas sinto-me bem. Tive que tomar algumas decisões importantes e difíceis mas necessárias. Depois de tomadas é seguir em frente… É o que estou a fazer agora com muita energia positiva. E quando bate uma tristeza penso que melhores dias virão.
Beijocas.
Tua Baby
PS: Resposta enviada ao meu amigo Negão em resposta a uma carta dele em que se mostrava preocupado com o meu silencio que ja durava ha uns dias

As noites



Longas noites escuras em branco
Silencio ensurdecedor nas madrugadas sem fim
Prateadas carícias nas noites suaves de Lua cheia
E esta fria e triste solidão

26 novembro 2007

Uma (modesta) salva de palmas



Na semana passada assistimos, na nossa querida capital, a inauguração do “Plateau Digital”. A iniciativa visa transformar a Praça Alexandre Albuquerque - outrora ponto de convívio dos praienses, mas hoje um tanto esquecida, mal preservada e abandonada ao (quase) esquecimento - numa plataforma tecnológica de livre acesso a internet. A parte técnica foi executada pelo Núcleo Operacional de Sistemas de Informação (NOSI) e já é possível aceder a net em plena Praça Alexandre Herculano. No entanto, simultaneamente ao desenvolvimento da parte técnica, deveria ter sido executado um outro projecto (por uma empresa privada) visando a criação de uma área destinada a restauração e lazer, incluindo espaços infantis. Infelizmente, esse não foi realizado, pelo menos, não dentro dos timings previstos. Agora, qualquer cidadão (ou visitante), desde que munido de um portátil ou telemóvel de segunda geração pode, a partir da histórica praça do Plateau, aceder à Internet, consultar correio electrónico, comunicar através do MSN etc… Só há um pequeno problema… Vai faze-lo como? ou melhor onde? Visto a praça não dispor (ainda) de um espaço destinado ao efeito. Vai faze-lo a partir de um dos bancos, sem privacidade nem segurança? É inevitável levantar essa questão numa época em que assistimos a proliferação de “casu bodies” … Enfim! Esperemos que a segunda parte do projecto seja rapidamente concluída (iniciada?) e ai sim, poderemos dar uma verdadeira salva de palmas.

23 novembro 2007

Marcas


Queria ir a tua procura...
Usando aquele batom vermelho que tanto gostas...
Beijar-te, amar-te...
Deixar marcas de batom na tua pele...
Pedaços de mim em tua alma...

Cartas ao meu amigo Negão (2) - Mais ou menos...



Olá “X”,
Bom dia. Tenho pensado na nossa interessante troca de e-mails. Afinal, quase não nos conhecemos e no entanto apareceu essa "amizade (quase) virtual".
Acho que agora consigo perceber um pouco melhor as pessoas que fazem amigos através da Internet. Antes isso parecia-me muito frio, distante e impessoal. Também é verdade que é um pouco diferente porque nós nos conhecemos.
Quanto à tua forma de encarar a vida não poderia estar mais de acordo contigo. Eu também me considero uma pessoa "positiva". Perguntam-me muitas vezes como é que consigo estar sempre tão bem disposta. É simples, basta dar valor a tudo de bom que nos rodeia e, nos momentos menos bons, lembrar que há sempre tantas pessoas que estão muito piores do que nos. Não devemos ser ingratos com o que a vida nos dá de bom e maravilhoso.
Neste momento, estou a atravessar uma fase um pouco complicada e, por vezes, sinto-me um pouco "down".
Quando me perguntam como estou digo sempre "tud dred". Há dias dei uma resposta diferente "mais ou menos" (resposta tipicamente crioula) e a pessoa olhou para mim e disse "o que se passa?". É que esta resposta, vinda de mim, significa na realidade que está muito mais "menos" do que "mais". No entanto, sei que é tudo uma questão de tempo para voltar a recuperar a minha habitual alegria.
Um bom dia para ti.
“Y”

O Diário da Joana (4)


Cá estou, uma vez mais, de caneta na mão. Falei com Joaquim... foi horrível. Acabou. Vou mesmo avançar com o divórcio, se ele não colaborar vou para o litigioso. Estou a escrever na minha sala, no meu trabalho. Já são quase horas de ir para casa, para junto dos meus filhos. Sei que não vou lá encontrar o Joaquim. Perguntei-lhe se ia para casa cedo... Desta vez, vai (supostamente) tomar um copo com um amigo que fez anos. Sempre evita encarar os problemas de frente, prefere fugir. Talvez seja melhor assim. De qualquer forma não consigo falar com ele. Ou fica calado, deixando-me num triste monólogo, ou então, desata aos berros e começa a ofender-me com insultos do mais baixo que se possa imaginar.
Estou péssima. Hoje foi certamente um dos dias mais infelizes da minha vida – exceptuando aquele fatídico Domingo em que, indo contra os meus princípios, mexi nas coisas dele à procura da confirmação de tudo o que já sabia mas não queria ver. Eu precisava encontrar provas concretas para me convencer a mim mesma. Quem ama não vê aquilo que não quer ver. Eu vi, senti, e soube de tudo durante todo o tempo. Soube de todos os “casos” mas o meu amor pelo Joaquim era tão grande que não queria que aquilo fosse verdade. Para me proteger da realidade inventava desculpas ou tentava justificar os actos e comportamentos dele de mil e uma formas, tentando convencer-me que não havia “outras” para não sofrer ainda mais.
Mas eu não podia continuar assim e fui à procura de provas... encontrei-as sem grande dificuldade. Ele sabia que eu não mexia em nada dele e não fez esforço nenhum para esconder fosse o que fosse. Foi só abrir a gaveta da mesinha de cabeceira, outra da secretária, a carteira... Bilhetes, fotografias, cartas, dedicatórias... até uma peça de lingerie autografada encontrei!
Foi duro, muito duro. Dói muito e estou a sofrer como nunca pensei ser possível. Nunca imaginei sequer que um ser humano pudesse sentir-se tão ferido e magoado. Isso tudo aconteceu num Domingo. Na Segunda-feira seguinte fui ao Tribunal informar-me sobre como proceder para dar entrada a um processo de divórcio. Informei-me relativamente às duas situações possíveis: de comum acordo ou litigioso (caso ele não queira colaborar). Também trouxe de lá as minutas necessárias. Tenho plena consciência que vou sofrer demais e durante muito tempo porque, apesar de tudo, amo o Joaquim. No entanto, tendo em conta tudo que se passou e a atitude dele quando o confrontei com os factos, não me resta outra saída sensata. Não sei o que vai acontecer a partir de agora. Amo-o demais mas… há limites para tudo... eu cheguei ao meu!

22 novembro 2007

Falem...


Bem, pessoal (será que há mesmo “pessoal” por aqui?), tenho que decidir… continuar com isto ou não. Este blog é uma experiência, recente, muito recente, mas mesmo assim já tenho duvidas. É que isto só tem graça se consigo de alguma forma cativar a atenção das pessoas, só tem piada se houver interacção. Essa só existe se houver comentários, criticas, sugestões, dicas… A acreditar no “easy counter” o numero de visitas continua escasso… Aguardo, principalmente dos que não gostam do blog, que me digam com franqueza e frontalidade o que esta errado, de mais, de menos ou que simplesmente não esta bem.
Lembrei-me agora de um personagem de uma telenovela que vi há séculos, acho que andava na altura no Liceu (xiiiiii…… foi mesmo há muito tempo – lol). Ele dizia sempre: “Falem de mim, falem … falem mal, mas falem!”. Hahahaha, consigo ser tão tontinha quando quero…!!!

21 novembro 2007

Desastre ecológico


Uma noticia bem triste...
Olhando para eles apetece-me chorar!

"No passado Domingo, encalharam numa praia da ilha da Boa Vista 265 golfinhos, que acabaram por morrer apesar das tentativas das autoridades marítimas e de populares para os devolver ao mar. Segunda-feira, deu à costa mais um cardume, constituído por cerca de 70 exemplares. Ao largo da ilha está outro cardume de golfinhos, constituído por cerca de 400 exemplares que aparentam estar desorientados e que poderão também dar à costa.

Desconhecem-se, para já, as razões que levaram os golfinhos a dirigirem-se para as praias em tão grande número. Apesar de não haver, ainda, uma explicação plausível para o desastre ecológico, não é de descartar a hipótese de os animais, que seguem sempre um líder do cardume, terem perdido a orientação no alto mar, dirigindo-se para a proximidade da costa".

20 novembro 2007

Sinto-me leve...........


Sinto-me leve...
Como uma borboleta,
Sim, isso mesmo,
Sinto-me leve...
Desde que pude partir,
Desde aquele dia em que me ajudaste a levantar a ancora,
Desde o momento em que percebi,
Que não podia mais haver "tu em mim",
A partir do instante que entendi
Que seria, de agora em diante, "eu sem ti"
Parti essa corrente,
E agora sim...
Parti!

Branquinhos


Ontem à tarde, quando minha colega de sala chegou ficou a olhar para mim com cara de quem esperava da minha parte algum comentário ou acção. Apesar de ser normalmente bastante observadora, na altura não reparei, estava demasiado concentrada naquilo com que me ocupava. Passado um bom bocado, ela disse-me: “Então não reparaste que pintei os cabelos?”. Pedi desculpas pela minha distracção (glupp) e comentei que estava muito bem, que nem se notava que tinha sido pintado, com excepção do facto dos “branquinhos” agora estarem da mesma cor da restante cabeleira. Ela pareceu-me satisfeita com meu comentário. Virei de novo minha atenção para o monitor com o intuito de terminar o que estava a fazer. De novo minha colega: “Isto agora é muito complicado, já me disseram que quando se começa a pintar os brancos crescem mais depressa”.
Complicado? Não entendo. Se ela o pintou foi por vontade própria, para disfarçar os “branquinhos”. Se os brancos agora crescem mais depressa (não sei se é mesmo assim, mas vamos supor que sim) também não se vão notar, desde que a operação pintura seja repetida com a frequência necessária. Qual é então o problema? Complicado? Não entendo. Onde está a complicação disso?
Quando passamos de uma certa idade (hahahaha!!!) é mais do que normal esse fenómeno de aparecimento de branquinhos. Também tenho alguns, mas os meus têm outro nome, chamam-se “charme” (lol). Pinto-os, não porque ficaram brancos, mas porque gosto de, por vezes, mudar de visual e cor. Mas não “stresso” com isso.
Fiquei a pensar nessa conversa à noite. Não é a primeira vez que amigas ou conhecidas minhas têm esse tipo de desabafos (ou serão conversas?) comigo. Será assim tão difícil entender que se trata de um processo natural? Ou será que eu sou esquisita por não me preocupar com esse tipo de “problemas”? Se alguém por aqui for mais elucidado nessa matéria... Bem, é melhor ficar por aqui... antes de começar a dizer disparates (lol).