14 dezembro 2007

Essa sou eu




Essa sou eu. Sim, essa que está na foto! E hoje acordei assim, como na foto, pensativa, contemplativa, meio triste, um pouco abatida.
Há quase três semanas não venho cá ao meu cantinho por falta de tempo, por falta de palavras também. Há alturas assim. Parece que as palavras nos fogem e não conseguimos articular nada de jeito. Quando assim é não adianta insistir. Não insisti.
Mas hoje deu-me para voltar, ainda que com poucas palavras, sem nada de especial.
Andei por aí às voltas. De dia, entre o trabalho, os filhos, a casa, compras e compromissos sociais. De noite, na minha cama enorme, sem conseguir pregar olho. Às voltas entre a minha faceta feliz de mãe, meu lado de guerreira do dia-a-dia e o meu outro eu – um misto de menina travessa e mulher fatal, indomada, doce e selvagem. Xiiiiii, como essa última parte da frase soa mal!!! Decididamente, continua a não sair nada em condições.
Antes de continuar a escrever aqui, mesmo sendo este espaço meu e poder dar-me ao luxo de desbobinar aqui todos os disparates que me vêem à mente, tenho que me encontrar primeiro. Ando à deriva, perdida, algures no meio de um enorme vazio. Sei donde parti, sei muito bem onde quero chegar, só não descobri ainda como. Perdi a bússola. Logo à noite, vou seguir o conselho de um amigo muito querido, vou procurar Vénus, ela saberá como me orientar. Só espero não ser uma noite demasiado nebulada. Sim, porque com a onda negativa que me vem perseguindo de há uns tempos para cá, é quase que certo até as estrelas (e o planeta Vénus) se esconderem de mim.

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