27 junho 2008

Still think about You "Cherry..."



"It takes a minute to find a special person,
an hour to appreciate them,
a day to love them
but an entire lifetime to forget them"

(desconheço a autoria)

(Imagem tirada da internet)

26 junho 2008

Digam "NAÕ !!!" às Drogas


Hoje, 26 de Junho, celebra-se o Dia Mundial de Luta contra o Uso Abusivo e Tráfico Ilícito de Drogas, este ano sob o lema "As Drogas Controlam a sua vida? Na sua vida, na sua comunidade não dê espaço às drogas".

Se reside na ilha de Santiago, porque não participar no atelier sobre o tema Produção e Cultivo de Drogas em Cabo Verde, organizado pela Comissão de Coordenação do Combate a Droga (CCCD) no âmbito das actividades alusivas à efeméride. Pretende-se com este atelier obter uma análise sobre a situação em termos da produção e cultivo de drogas em Cabo Verde, visando melhores práticas nessa matéria. O Atelier terá lugar nas instalações da Comunidade Terapêutica da Granja de São Filipe, a partir das 09H00.

Jovens e menos jovens, não se deixem iludir, digam NÃO! NÃO ao tráfico, NÃO ao consumo, NÃO à dependência e NÃO à destruição que a droga causaria nas vossas vidas e nas vidas dos que vos são próximos e queridos.

Vamos todos juntar-nos em torno desta causa, vamos contribuir para acabar com este flagelo que continua a dizimar a juventude (e não só) em Cabo Verde, na África e no Mundo inteiro. Digam NÃO às drogas!!!

24 junho 2008

Que horror... é um sapo!!!


Abro minhas asas e vou à procura da felicidade. Encontro a flor perfeita, cheirosa, bonita e de néctar delicioso. Bebo e embebedo-me desse suco que me faz viva novamente. Olho à minha volta feliz...

Devo estar a sonhar. Estou mesmo. Acordo com um horrivel "cruarc" nos meus ouvidos. Abro os olhos... que horror... É um sapo!!!



(imagens tiradas da internet)

23 junho 2008

Cartas ao meu amigo Negão (11) - Cumplicidade...



Oi Negão,

Vou tentar responder à tua pergunta. Não respondi ontem porque é uma resposta muuuuuuito difícil.

Não percebo muito bem o que se está a passar comigo. Acho que o melhor a fazer é deixar o tempo andar e ver o que acontece. Estou a sair de uma relação muito intensa (e bastante complicada na parte final). Não tenho dúvidas nenhumas de ter tomado a decisão certa mas não vou enganar-me dizendo que já consegui “apagar” meus sentimentos. Preciso de algum tempo para digerir isso tudo.

Não quero fazer disparates e nem magoar ninguém. Honestamente falando, não sei como vai ser a partir de agora. Não sou esquisita (acho) mas também não me imagino a “estar junto assim desse jeito” de forma precipitada. Para mim, isso implica sentimentos muito profundos e sinceros. Podes achar que é um pouco “careta” mas não consigo imaginar relacionamentos afectivos e íntimos sem amor.

"X", sinto-me muito bem com a nossa troca de e-mails e telefonemas e tenho muita vontade de te ver e de conversarmos ao vivo e a cores. Quero estar contigo e conhecer-te melhor. Gosto muito de ti. Com o tempo, e já lá vai quase um ano, fomos ficando mais próximos um do outro. Já te disse isso antes e é verdade – sinto-me muito à vontade contigo. Sabes ouvir, sabes “levantar a moral”, estás sempre pronto para oferecer um ombro amigo. Admiro isso num homem e (sem ofensa) principalmente num homem cabo-verdiano. Os crioulos, no geral, têm imensas características positivas mas têm também um grande defeito – pensam que ser meigo e sentimental são características de “maricas”. Eu não penso assim, antes pelo contrário.

Gosto de pensar que és uma excepção à regra… Sinto que há entre nós uma cumplicidade muito forte e bonita. E espero que isto possa continuar e crescer. Neste momento não quero perceber, nem ter que explicar, porque não estou em condições de o fazer. Sinto-me bem contigo, penso muito em ti e tento não complicar nada. Neste momento, só isso interessa.

Espero não te chatear com esses e-mails tão longos. Tenho um defeito muito grande – não me abro com quase ninguém mas quando o faço ponho tudo para fora. Ás vezes se calhar devia guardar um pouco mais as coisas que penso / sinto.

Muitos beijinhos para ti da “Baby” (gosto muito da forma como dizes essa palavra com a tua voz sexy)

20 junho 2008

Loved me... loved me not...


Passado todo este tempo, ainda acordo a meio da noite com essa pergunta a martelar-me na cabeça - Será que ele realmente me amou???

Por vezes, acredito que sim. Descobrí (on-line e sem que ele o soubesse) poemas que ele escreveu depois de nos termos separado. Poemas lindos e profundos... Poemas sobre o nosso amor, poemas cândidos, frescos e envolventes como a brisa do mar, poemas tristes também que retratam o enorme vazio e o silêncio cortante que terá invadido a alma dele... Será??

Outras vezes, penso que não. Quem ama de verdade vai à luta. Não há nada suficientemente "grande" nem "complicado" que nos faça abrir mão do verdadeiro amor.

Enquanto alimento essa dúvida, consolo-me com uma certeza absoluta - EU AMEI !!! Sim, amei como penso só se amar uma vez na vida ... amei intensamente, com toda a minha alma, meu corpo também. AMEI... mesmo sabendo que um Oceano nos separaria, amei sem "mas" nem "senão". Ficou essa enorme (mas doce) saudade...

19 junho 2008

Cartas ao meu amigo Negão (10) - Um rio ou um oceano ...

Oi “Negão”,

Triste por causa de uma hipótese??? Então não és tu que “vives” sem procurar demasiadas explicações etc… Sempre soubeste que minha estadia cá era passageira. Na realidade nem sequer mudaria muita coisa. Quando isso acontecer, estaremos, como agora, um em cada lado da ligação Internet ou telemóvel. Só que, ao invés de um rio, separados por um oceano.
Quando passar essa fase complicada do lançamento diz-me e marcamos um almoço em qualquer uma das margens. Nessa altura, organizo-me para não voltar à tarde para o serviço e vou com a única preocupação de estar de volta até, no máximo as 19:00, por causa da escola dos meus filhos. Assim, pelo menos conversamos um bocado ao vivo e a cores.
Beijão, também te adoro.

Baby

17 junho 2008

Pedido de desculpas...


Este pedido de desculpas é para a minha querida amiga Joana (nome fictício). Ela cedeu-me gentilmente o Diário que escreveu durante uma fase menos boa da vida dela para que aqui o publicasse. Comecei a fazê-lo (Diário da Joana) mas há já um bom tempo não postei nenhum "episódio". Sorry Joana! Ela sabe que tenho estado bastante ocupada com um mar de coisas mas isso não é desculpa. Prometo retomar a postagem muito brevemente. Ainda hoje vou teclar umas páginas...

Cartas ao meu amigo Negão (9) - Música ...





Oi Negão,

Foi muito bom “almoçar-te” (rsrsrs).
Queria que soubesses que exerces uma influência muito positiva sobre mim. Ontem quando sai do trabalho, depois de ter falado contigo, fiquei bem melhor. Meti um bom som no carro e ouvi “Spanish Guitar” da Toni Braxton, 3 vezes. Conheces a música? Gostas? É linda. Dá-me arrepios.

Sabes, quando estou a ouvir música que gosto (e se estou no carro sozinha ponho bem alto – volume 20 ou +) sinto como se a música entrasse nas minhas veias. Sinto-me ser levada pela melodia, pelas palavras e desligo-me completamente de tudo (menos do trânsito claro!). Não há nada melhor do que começar o dia assim. Ao invés de me enervar porque a bicha não anda, ou um mal-humorado qualquer está a buzinar, deixo-me levar pela música…é uma sensação muito boa. Canto alto e tudo. Alguns condutores se calhar até pensam que sou maluca; mas não me importo, não os conheço nem lhes devo nada!

Voltando ao assunto, “Spanish Guitar” é uma canção particularmente linda (gosto só por gostar, não a associo a nenhum momento ou nenhuma pessoa em particular).

O refrão é:
“(…) I wish that I was in your arms like a spanish guitar / and you would play me through the night till the dawn / I wish you hold me in your arms like a Spanish guitar / all night long / all night long / I’ll be your song (…)”

(Quem me dera estar nos teus braços como uma guitarra espanhola / e tocares-me a noite toda até ao amanhecer / quem me dera que me abraçasses como uma guitarra espanhola / a noite toda / a noite toda / serei tua canção).

Não é lindo? E tu gostas de música? Uma pergunta se calhar despropositada – qual é o crioulo que não gosta?

Desejo-te um resto do dia maravilhoso.
Beijinhos.

Baby

13 junho 2008

Dia de azar???


Na na ni ra não ...!!! Não acredito nessas superstições. Até sinto que algo de muito bom me vai acontecer hoje... quanto mais não seja por ser sexta-feira - lol!

05 junho 2008

O amor perdido da Ines


Inês olhou-se ao espelho, alguns cabelinhos grisalhos... não se importava, até lhe davam um certo charme... A cabeleira continuava farta, tinha os cabelos meio longos, bastante encaracolados, castanhos com reflexos acobreados resultado, por um lado, da coloração feita há já alguns meses e, por outro, das idas frequentes à praia. Sempre gostara de ir à praia, desde criança era louca pelo mar. Nutria por ele uma atracção profunda, magnética, por vezes, até parecia sentir o chamamento do mar. Só ele a compreendia, a ouvia sem ela ter que falar, sentia seus sentimentos, percebia suas razões... Chega de divagar!

Abriu a gaveta e tirou um gancho com o qual prendeu os cabelos entretanto enrolados. Voltou para a sala silenciosa, instalou-se confortavelmente no seu sofá preferido e pegou no livro que tinha deslizado para baixo de uma das almofadas. Começou a ler, ou melhor, tentou... Não se conseguia concentrar. Ele não lhe saia do pensamento.

Reencontraram-se há meio ano, 22 anos depois de terem sido namorados. Seu 1º namorado... tinha então 17 anos... o 1º beijo, os caracóis dele, as mãos... Lembrava-se de tudo ao mais pequeno detalhe... Como era doce aquele namoro inocente. Não foram para além dos beijos, abraços e umas apalpadelas.

Lembrou-se daquele dia em que foram para um beco bem calminho, atrás da igreja. Beijaram-se... adorava os lábios carnudos dele. Ele estava meio ofegante, fez deslizar suas mãos para debaixo da blusa dela, ao encontro dos seios firmes... Ela estremeceu, nunca tinha sido tocada antes, as mãos dele despertaram nela sensações maravilhosas...Uma das mãos deslizou para o umbigo, um pouco mais abaixo… todo o corpo dela tremia, tudo isso era novo ... Desejavam-se... Até hoje não sabe bem como se contiveram mas pararam ali e não aconteceu mais nada. O medo de serem surpreendidos, o sonho de um momento mágico num local romantico e privado, e (só o soube passados todos estes anos) o medo que ele tinha do pai dela teriam sido as razões que os impediram de ir mais longe. Pouco tempo depois acabaram o namoro e cada um seguiu seu caminho, em direcções opostas.

Passados todos estes anos, reencontraram-se e rapidamente a amizade que os unia transformou-se em algo mais. Ela estava divorciada, também ele, mas tinha uma namorada, vivia com ela. Inês tinha recebido uma educação, em parte, conservadora. Havia valores incontornáveis, nunca se envolveria com um homem comprometido... Mas a verdade é que a atracção entre eles era demasiado forte, perdeu o controlo da situação. Havia entre eles uma química muito forte, um misto de saudades do passado perdido no tempo e vontade de o retomar no presente. Tornaram-se amantes. Ela amava-o, amava-o de uma forma que não conseguia explicar. Mas, explicar para quê? O amor não precisava de explicações. No entanto, tinha remorsos, sentia-se culpada por ter um relacionamento com alguém que estava comprometido com outra pessoa. Pensou que ele a amava também. Embora nunca lhe tivesse prometido nada e nem lhe tenha escondido o facto de ter uma namorada, sentia-se traído por ele. No fundo, alimentou uma esperança de que ele ficasse com ela,... só com ela! Mas enganou-se. Mesmo tentando não ver, fingindo não se aperceber, foi obrigada a reconhecer que as coisas não estavam bem, aliás, estavam muito mal. Sentiu-se usada, enganada, desrespeitada também. Ele mais não queria do que manter a namorada e a amante. Sim! Amante! Era nisso que ela se tinha transformado. Uma espécie de brinquedo para as horas vagas e que era atirado para um canto quando outros deveres se impunham. Que situação horrível! O pior é que ainda assim, durante algum tempo, sujeitou-se a fazer essa triste figura. Amava-o e agarrava em qualquer oportunidade para estar perto dele, ainda que apenas por alguns minutos. Mas não podia ser! Tinha que colocar sua vida nos trilhos de novo. Por que razão alimentaria uma relação clandestina e que destruiria seu bom nome e reputação se se soubesse. Pensou no desgosto que seus pais teriam; a vergonha dos filhos... e isso deu-lhe força para decidir. Acabou! Não iria mais continuar nessa relação condenada. O amor que sentia, a química entre eles, nada justificava continuar nessa relação injusta e desgastante. Doía-lhe imenso.

Durante o fim-de-semana os filhos tinham estado fora. Dormiram em casa do pai na Sexta e Sábado foram para casa dos tios para o aniversário da prima. Dormiram lá e só voltaram Domingo à noite. Ele soube disso e quis ir à casa dela. Mas ela resistiu! Como queria recebê-lo, estar com ele... Mas não podia fazê-lo. Mais uma vez, ele a usaria para depois partir rumo ao lar e à namorada com quem dormiria à noite. Recusou. Seus olhos ficaram cheios de lágrimas mas conteve-se. Não choraria mais por esse amor de adolescência. Ia cuidar de si. Ia dar um novo rumo à sua vida. Foi com esse pensamento que acabou por adormecer no sofá. Horas mais tarde acordou com o pescoço dorido mas um sentimento de alívio. Tudo acabaria bem! Não lhe faltariam forças para tomar em mãos seu destino e dar-lhe outro rumo. Levantou-se e foi para o quarto dormir.