20 novembro 2007

Branquinhos


Ontem à tarde, quando minha colega de sala chegou ficou a olhar para mim com cara de quem esperava da minha parte algum comentário ou acção. Apesar de ser normalmente bastante observadora, na altura não reparei, estava demasiado concentrada naquilo com que me ocupava. Passado um bom bocado, ela disse-me: “Então não reparaste que pintei os cabelos?”. Pedi desculpas pela minha distracção (glupp) e comentei que estava muito bem, que nem se notava que tinha sido pintado, com excepção do facto dos “branquinhos” agora estarem da mesma cor da restante cabeleira. Ela pareceu-me satisfeita com meu comentário. Virei de novo minha atenção para o monitor com o intuito de terminar o que estava a fazer. De novo minha colega: “Isto agora é muito complicado, já me disseram que quando se começa a pintar os brancos crescem mais depressa”.
Complicado? Não entendo. Se ela o pintou foi por vontade própria, para disfarçar os “branquinhos”. Se os brancos agora crescem mais depressa (não sei se é mesmo assim, mas vamos supor que sim) também não se vão notar, desde que a operação pintura seja repetida com a frequência necessária. Qual é então o problema? Complicado? Não entendo. Onde está a complicação disso?
Quando passamos de uma certa idade (hahahaha!!!) é mais do que normal esse fenómeno de aparecimento de branquinhos. Também tenho alguns, mas os meus têm outro nome, chamam-se “charme” (lol). Pinto-os, não porque ficaram brancos, mas porque gosto de, por vezes, mudar de visual e cor. Mas não “stresso” com isso.
Fiquei a pensar nessa conversa à noite. Não é a primeira vez que amigas ou conhecidas minhas têm esse tipo de desabafos (ou serão conversas?) comigo. Será assim tão difícil entender que se trata de um processo natural? Ou será que eu sou esquisita por não me preocupar com esse tipo de “problemas”? Se alguém por aqui for mais elucidado nessa matéria... Bem, é melhor ficar por aqui... antes de começar a dizer disparates (lol).

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